A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL NO ENFRENTAMENTO DA MUDANÇA CLIMÁTICA: O ENTRELAÇAMENTO DOS ODS 13 E 16 DA AGENDA 2030

HENRIQUE RIBEIRO CARDOSO, ANDRÉ FELIPE SANTOS DE SOUZA, LÍDIA CRISTINA SANTOS

Resumo


A Agenda 2030, aprovada em 2015 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, estabeleceu uma visão abrangente e global para enfrentar os maiores desafios do século XXI, promovendo o desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: econômica, social e ambiental. Essa agenda é composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas que articulam desde a erradicação da pobreza até a preservação dos ecossistemas, e seu marco inicial remonta à Conferência de Estocolmo de 1972, a primeira grande reunião internacional a colocar o meio ambiente no centro das preocupações globais. Posteriormente, a Rio 92 consolidou esse compromisso com a assinatura de documentos fundamentais, como a Convenção sobre Mudanças Climáticas e a Agenda 21, reafirmando a necessidade de ações conjuntas e coordenadas entre as nações para enfrentar crises ambientais, como o aquecimento global. Com a adoção da Agenda 2030, esses compromissos foram ampliados e detalhados, com foco especial no ODS 13, que trata da ação urgente contra a mudança climática e seus impactos, um dos maiores desafios globais contemporâneos.

Palavras-chave


RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL;MUDANÇA CLIMÁTICA; AGENDA 2030

Texto completo:

PDF

Referências


ANTÓNIO, António; MENDES, Geovana Mendonça Lunardi. Demandas e principais desafios da educação especial e inclusiva face aos compromissos da agenda 2030 em Angola. Educ. Form., v. 9, p. e12528-e12528, 2024.

ARAÚJO, Melina Bastos Rocha; ARAÚJO, Liane Maria Santiago Cavalcante; TASSIGNY, Monica Mota. Análise dos fenômenos do transconstitucionalismo e do Estado de Coisas Inconstitucional no Brasil à luz da teoria da metamorfose do mundo. Cuadernos de Educación y Desarrollo, v. 16, n. 6, p. e4492-e4492, 2024.

ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia das Letras, 1989.

ARTAXO, Paulo. As três emergências que nossa sociedade enfrenta: saúde, biodiversidade e mudanças climáticas. Estudos avançados, v. 34, p. 53-66, 2020.

ASSIS, Francisco Mendonça. Mudanças Climáticas Globais: Controvérsias, Participação Brasileira E Desafios À Ciência. Humboldt-Revista de Geografia Física e Meio Ambiente, v. 1, n. 2, 2021.

BAUMAN, Zigmund, Tempos Líquidos, Rio de Janeiro: 2007, Ed. Zahar.

CASSESSE, Antonio. Modern Constitutions and International Law. In: Recueil des Cours. Collected Courses of the Hague Academy of International Law 192 (1985) III. Haia: Académie de Droit International de La Haye/Dordrecht: Nijhoff, 1986.

CORRÊA, Priscilla Pereira Da Costa. A absorção da agenda 2030 e seus 17 objetivos de desenvolvimento sustentável pelo judiciário brasileiro: resultados iniciais e perspectivas. Revista Judicial Brasileira, v. 1, n. 1, p. 277-300, 2021.

ECUADOR. Constitución de la Republica del Ecuador de 2008. 2008. Disponível em: http://www.oas.org/juridico/pdfs/mesicic4_ecu_const.pdf >. Acesso em 24/08/202024

ELMAUER, Douglas. Transconstitucionalismo: Do acoplamento estrutural à racionalidade transversal. Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, v. 108, p. 855-864, 2013.

FACHIN, Melina Girardi. Empresas e direitos humanos: compartilhando valor e responsabilidades. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 17, n. 1, p.324-339, 2020

FREITAS, Juarez. Sustentabilidade: direito ao futuro. 3. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.

FURRAER, Igor Leonardo Loeblein; BERNARDY, Rógis Juarez; BERNARDY, Juliane Manfrin. Integração de Pequenos Municípios aos Objetivos De Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Revista Gestão Organizacional, v. 16, n. 3, p. 41-58, 2023.

GIDDENS, Anthony. A Política da Mudança Climática. Rio de Janeiro, RJ: Ed. Zahar, 2010, p. 29.

HABERMAS, Jürgen. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989, p. 41.

JONAS, Hans. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Tradução de Danilo Marcondes. Rio de Janeiro: Ed. da PUC Rio, 2006.

G1. Brasil teve quase três meses a mais de calor por causa da crise do clima nos últimos 12 meses, aponta relatório. Revista online, 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/05/28/brasil-teve-quase-tres-meses-a-mais-de-calor-por-causa-da-crise-do-clima-nos-ultimos-12-meses-aponta-relatorio.ghtml. Acesso em: 29/09/2024.

GRUPO DE TRABALHO DA SOCIEDADE CIVIL PARA A AGENDA 2030. VII Relatório Luz Da Sociedade Civil Agenda 2030 De Desenvolvimento Sustentável Brasil. 2023. Disponível em: https://gtagenda2030.org.br/wp-content/uploads/2023/10/rl_2023_webcompleto-v9.pdf. Acesso em: 29/09/2024.

GUTIERREZ, Maria Bernadete Sarmiento. A Comunicação Corporativa E As Políticas De Combate Às Mudanças Climáticas: Teorias, Perspectivas E Uma Avaliação Do Uso Das Redes Sociais No Caso Do Brasil1. Boletim Regional, Urbano e Ambiental, Brasília, n. 24, p. 141-156, 2020.

HERRERA, Augusto Valenzuela; CARDOSO, Henrique Ribeiro; MACHADO, Luciana de Aboim. O poder público na fraterna rota do desenvolvimento sustentável: por um clima estável e consumo responsável. Revista Jurídica, v. 4, n. 61, p. 91-122, 2020.

IBAMA. Educação ambiental: as grandes diretrizes da Conferência de Tbilisi. Organizado pela Unesco. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1997. 154 p. (Coleção Meio Ambiente. Série Estudos Educação Ambiental; Edição Especial, ISSN 0104-7892). Disponível em: http://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/livros/educacaoambientalasgrandesdiretrizesdaconferenciadetblisidigital.pdf. Acesso em: 27/09/2024.

LATOUR, Bruno. Políticas da natureza: como associar as ciências à democracia. Editora unesp, 2019.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Dados produzidos pelo MCTI são utilizados para monitorar indicadores de ODS de ação climática no Brasil. Portal da Transparência, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2024/06/dados-produzidos-pelo-mcti-sao-utilizados-para-monitorar-indicadores-de-ods-de-acao-climatica-no-brasil. Acesso em: 28/09/2024

NETTO, Thieme Silvestri. O transconstitucionalismo para efetividade dos direitos do trabalhador. Revista Justiça do Direito, v. 27, n. 2, p. 298-310, 2013.

NEVES, Marcelo. Transconstitucionalismo. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

______________. (Não) Solucionando problemas constitucionais: transconstitucionalismo além de colisões. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, p. 201-232, 2014.

NEVES, André Luiz Batista. O Direito de acesso às funções públicas e a Jurisprudência recente da corte interamericana de direitos humanos relativa a integrantes dos sistemas de justiça?. Revista Internacional Consinter de Direito, p. 119-136, 2024.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em: 27/09/2024.

PEREIRA, Ricardo Diego Nunes. O transconstitucionalismo: atualidades constitucionais. Revista do Ministério Público do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v. 1, n. 68, p. 231-237, 2018.

PERLIN, Ana et al. Práticas De Mitigação Às Mudanças Climáticas E Desempenho Empresarial Em Indústrias Brasileiras. Environmental & Social Management Journal/Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 16, n. 1, 2022.

PINHEIRO, Alan Bandeira et al. Agenda 2030: alinhamento dos projetos estratégicos dos tribunais de justiça aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Gestão e Projetos: GeP, v. 13, n. 2, p. 171-194, 2022.

PORTER, Michael E.; KRAMER, Mark R. Criação de valor compartilhado. Harvard Business Review Brasil, 6 jan. 2011. Disponível em: https://hbrbr.uol.com.br/criação-de-valor-compartilhado. Acesso em: setembro, 2024.

RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

___________ . Justiça como Equidade: uma reformulação. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

REILLY, A. H.; HYNAN, K. Corporate communication, sustainability and social media: it is not easy (really) being green. Business Horizons, v. 57, n. 6, p. 747-758, 2014.

SANTOS, Josiane S. Costa et al. Empresas familiares e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). In: GECAMB 2022–Proceedings of the 9th GECAMB Conference on Environmental Management and. UA Editora–Universidade de Aveiro 1st edition–February 2023. p. 43.

SANTOS JÚNIOR, José Alfredo dos. Do Transconstitucionalismo à Transjusfundamentalidade: verdade e memória na América Latina. Editora Dialética, 2021.

SARMENTO, Daniel. Direitos fundamentais e relações privadas. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2004.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.

SILVA, Artur Stamford da. Comunicativação. Revista Direito e Humanidades, v. 1, n. 1, p. 102-130, 2024.

SOUSA, Cristiane Macedo; TAVEIRA, Luiz Paulo. O Transconstitucionalismo Ambiental e a Constituição Brasileira de 1988: os benefícios ao meio Ambiente Brasileiro decorrentes da cooperação internacional no Pós-Constituição Enviromental Transconstitucionalism and the Brazilian Constitucion of 1988: the benefits to the Brazilian Environment arising from. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 6, p. 62978-62994, 2021.

WATTS, Nick et al. The Lancet Countdown on health and climate change: from 25 years of inaction to a global transformation for public health. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(17)32464-9/fulltext. Acesso em: 29/09/2024.

ZORZO, Felipe Bernardi et al. Desenvolvimento sustentável e Agenda 2030: uma análise dos indicadores brasileiros. Revista Gestão e Desenvolvimento, v. 19, n. 2, p. 160-182, 2022.




DOI: http://dx.doi.org/10.21902/RevPercurso.2316-7521.v1i49.7801

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


PERCURSO, e-ISSN: 2316-7521

Rua Chile, 1678, Rebouças, Curitiba/PR (Brasil). CEP 80.220-181

Licença Creative Commons

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.