PROTEÇÃO DA MENTE: NEURODIREITOS NA ERA DO NEUROMARKETING

Resumo

Objetivo: Discutir os impactos éticos das técnicas de neuromarketing e a necessidade emergente de neurodireitos que protejam a intimidade e integridade mental, a liberdade cognitiva e a identidade neural dos indivíduos. Além disso, discutir os desafios regulatórios enfrentados por diferentes países para a proteção normativa da mente dos indivídus em face das novas tecnologias usadas para influenciar as escolhas, inclusive no âmbito consumerista.
Método e metodologia: Adotou-se o método dedutivo, aplicando-se como metodologia a revisão bibliográfica e documental, incluindo livros, periódicos, relatórios e artigos acadêmicos que permitem uma análise crítica do impacto do marketing na mente do consumidor e indicam a necessidade de normas que protejam os neurodireitos. Resultados: Aponta-se a necessidade de adoção de um sistema regulatório das novas tecnologias, principalmente quando aplicadas aos neurodireitos, como forma de proteger a liberdade cognitiva e de escolha dos consumidores face à aplicação do neuromarketing. Contribuições: Este estudo aborda o conceito de neuromarketing, sua aplicação na compreensão do comportamento do consumidor e seus impactos sobre os neurodireitos. Analisa-se como o neuromarketing investiga as áreas e os mecanismos cerebrais, buscando identificar intenções e emoções inconscientes essenciais para estratégias de marketing. Além disso, examina-se a utilização de tecnologias avançadas de imagem cerebral, como fMRI, EEG, rastreamento ocular e resposta galvânica da pele, amplamente empregadas por empresas para potencializar a eficácia publicitária. Diante desse cenário, o estudo destaca a necessidade de mecanismos normativos de proteção aos neurodireitos, considerando os desafios éticos e jurídicos decorrentes da aplicação dessas tecnologias na modelagem do comportamento do consumidor