O ESTADO DE EXCEÇÃO VISTO POR GIORGIO AGAMBEN E AS NORMAS PROGRAMÁTICAS INSERIDAS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: UMA ANÁLISE ACERCA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Marcelo TOFFANO, José Sérgio SARAIVA, Samyra Haydêe Dal Farra NASPOLINI

Resumo


Objetivo: investigar se a teoria consagrada pelo autor italiano Giorgio Agamben, acerca da excepcionalidade, encontra respaldo na Constituição Federal de 1988. O que justifica a pesquisa realizada é a discussão da teoria filosófica do referido autor, com a contemporaneidade da Carta Magna brasileira, no que diz respeito às normas programáticas e políticas públicas.

Metodologia: utiliza-se o método dedutivo, a partir da revisão bibliográfica a consultas realizadas a referenciais teóricos, aptos a fornecerem os subsídios necessários aos argumentos utilizados para sustentar a temática.

Resultados: se deu como pretendido, pois foi possível demonstrar que a realidade brasileira em termos de políticas públicas faz com que a teoria de Giorgio Agamben ainda seja considerada bastante atual.

Palavras-chave: Estado de Exceção; Giorgio Agamben; Constituição Federal; Políticas Públicas.

 

 

ABSTRACT

Objective: demonstrate that part of the theory consecrated by the Italian author Giorgio Agamben, about exceptionality, has support in the Federal Constitution of 1988. of the Brazilian Constitution, with regard to programmatic norms and public policies.

Methodology: the deductive method is used with bibliographic review to consultations carried out with theoretical references, able to provide the necessary subsidies to the arguments used to support the theme.

Results: the result was as intended, because it was possible to demonstrate that the Brazilian reality in terms of public policies, makes the theory of Giorgio Agamben still considered quite current.

Keywords: State of Exception; Giorgio Agamben; Federal Constitution; Public policy.

 

RESUMEN

Objetivo: investigar si la teoría consagrada por el autor italiano Giorgio Agamben, sobre la excepcionalidad, está sustentada en la Constitución Federal de 1988. Carta Magna brasileña, en lo que se refiere a normas programáticas y políticas públicas.

Metodología: la metodología utilizada es la deducción, por medio de revisión bibliográfica a las consultas realizadas a referencias teóricas, capaz de proporcionar los subsidios necesarios a los argumentos utilizados para apoyar el tema.

Resultados: el resultado fue el esperado, ya que fue posible demostrar que la realidad brasileña en términos de políticas públicas hace que la teoría de Giorgio Agamben todavía se considere bastante actual.

Palabras-clave: Estado de Excepción; Giorgio Agamben; Constitución Federal; Políticas públicas.

 


Palavras-chave


Estado de Exceção; Giorgio Agamben; Constituição Federal; Políticas Públicas.

Texto completo:

PDF

Referências


ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. trad. Guido Antonio de Almeida, Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida. trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo: 2004.

AGAMBEN, Giorgio. Means without end: notes on politics. Minnesota, University of Minnesota, 2000.

AGAMBEN, Giorgio. Signatura rerum: sobre el método. Buenos Aires : Adriana Hidalgo, 2009 p. 18.

ALVEZ, Maria Clariza. El moniteísmo como problema político (1999), de Erik Peterson In: Revista de Teologia Crítica – El Tiere el Enano, año 2010. v. 1.

ARISTÓTELES. A metafísica. 2. ed. São Paulo: Edipro, 2012.

BÍBLIA SAGRADA. Tradução dos originais mediante a versão dos monges de Maredsous (Bélgica) pelo Centro Bíblico Católlico. 26. ed. São Paulo Ave Maria, 1979.

CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 1997,

CAPRA, Fritjof. Tradução: Álvaro Cabral. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 1982.

CARNIO, Henrique Garbellini. Para uma crítica da forma jurídica. In: Revista Jurídica de Direito Privado. v. 58, abr. 2014.

DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 1993.

FELETTI, Vanessa Maria. Súmulas vinculantes, hermenêutica e jurisdição constitucional: um estudo sobre a interpretação e aplicação das súmulas vinculantes sob a ótica dos direitos e garantias fundamentais na tarefa de julgar. Campinas: Servanda, 2013.

FERRAZ, Taís Schilling. O precedente na jurisdição constitucional: construção e eficácia do julgamento da questão com repercussão geral. São Paulo: Saraiva, 2017.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. org. e trad. Roberto Machado, Rio de Janeiro: Graau, 2010,

GODOY, Paula Véspoli. Hans Kelsen e Carl Schmitt: o debate entre o normativismo e o decisionismo. 2010. 130 f. Dissertação [Mestrado em Direito] Pontifícia Universidade Católica – PUC/SP, São Paulo.

GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Direito processual civil esquematizado. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

GUEDES, Marco Aurélio Peri. Estado e ordem econômica e social – A experiência constitucional da República de Weimar e a Constituição brasileira de 1934. Rio de Janeiro: Renovar, 1998.

HABERMAS, Jürgen. Direito e Democracia – entre facticidade e validade. Tradução: Flávio Beno Siebeneichler. Vol. II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.

LENHARO, Alcir. Nazismo o triunfo da vontade. 2.ed. São Paulo: Ática, 1990.

LIBANIO, J. B. Pecado e opção fundamental. Petrópolis: Vozes, 1976.

LIMA FILHO, Eduardo Neves. O uso dos precedentes judiciais no Brasil: uma análise crítica a partir da teoria do direito e da argumentação jurídica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.

MARINHO, Abdon. L’ L’État c’est moi. Disponível em: http://www.netoferreira.com.br/poder/2013/09/letat-cest-moi Acesso em: 16 jun. 2018.

MARTINS, Lucas Moraes. O significado político do homo sacer na filosofia de Giorgio Agamben. In: Revista Científica Internacional, n. 1. v. 11, jan.-mar. 2016. p. 24.(Tradução livre).

MELLO, Patrícia Perrone Campos. Precedentes: o desenvolvimento judicial do direito no constitucionalismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

PETERSON, Erik. El Monoteísmo Como Problema Jurídico. Madri: Minima Trotta, 1999.

PLATÃO. A República. Organização: Daniel Alves Machado. Brasília: Kiron, 2012.

REICH, Wilhelm. Psicologia de massas do fascismo. trad. Maria da Graça M. Macedo. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SCHMITT, Carl. O conceito de político/Teoria do Partisan Belo Horizonte: Del Rey, 2009.

SCHMITT, Carl. O nomos da Terra no direito das gentes do jus publicum europaeum. Rio de Janeiro: PUC RIO, 1997.

SCHMITT, Carl. Teologia política. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.

SCHMITT, Carl. Teología política: cuatro ensayos sobre la soberania. Trad. Francisco Javier Conde. Buenos Aires: Struhart & Cía, 2004.

STRACHAN-DAVIDSON, James Leigh. Problems of the roman criminal law. Oxford: Clarendon, 1912. v. 1.

WEBER, Max. Economia e sociedade, Fundamentos da sociologia compreensiva. trad. Regis Barbosa. Brasília: UNB. 2009.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/revistajur.2316-753X.v4i71.6157

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Revista Jurídica e-ISSN: 2316-753X

Rua Chile, 1678, Rebouças, Curitiba/PR (Brasil). CEP 80.220-181

Licença Creative Commons

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.