A SÍNDROME DE BURNOUT NOS TRABALHADORES BANCÁRIOS

Maria Aparecida De Borba Mendes

Resumo


As empresas contemporâneas investem em recursos humanos, na capacitação dos seus profissionais, no seu bem-estar, na sua estabilidade emocional. Tudo isso como fator de produtividade, de desenvolvimento empresarial. No entanto, vislumbra-se a política de rotatividade da mão de obra, a utilização da tecnologia moderna, o encurtamento do tempo laboral na empresa, concomitante ao aumento de metas abusivas a alcançar, o que se destaca como modelo de relações de trabalho. Portanto, a presença desse modelo “ideal” desagregou a sociedade brasileira, contribuiu para o seu empobrecimento, obstruiu o desenvolvimento econômico e desumanizou a sociedade e, consequentemente, favoreceu o surgimento de uma nova era de doenças do trabalho, como as cardiovasculares, as osteomusculares, e, principalmente, as doenças psicossomáticas, dentre as quais se destaca a Síndrome de Burnout. O termo burn out ou burnout significa literalmente "queimar até a exaustão", indicando o colapso que sobrevém após a utilização de toda a energia disponível, isto é, a sensação de esgotamento mental ou “estar acabado”. Muitos pesquisadores da área tiveram como foco principal a exaustão emocional, a fadiga e a frustração em profissionais decorrentes do desgaste resultante do contato com pessoas ou da insatisfação das expectativas e projetos do indivíduo em relação à profissão. São diversas as atividades acometidas pela referida doença mental, haja vista a forma pela qual se executam os trabalhos nas empresas modernas atualmente. Isto ponderado, denota-se, em especial, a incidência significativa desta moléstia no trabalho bancário, por estar diretamente propenso a situações decorrentes de estresse – devido ao ambiente laboral em que é desenvolvido, sobretudo à permanente exposição à tensão (risco a assaltos), intensa responsabilidade, aceleração do ritmo de trabalho, tecnologia da informação, cobrança excessiva pelo cumprimento das metas e o assédio moral. Importante investigar, assim, em que medida as atividades realizadas pelo trabalhador bancário são determinantes para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout.


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DOI: http://dx.doi.org/10.21902/RevPercurso.2316-7521.v2i42.881

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