DEMOCRACIA EM TEMPOS DE HIPERCONSUMO: O(A)CANDIDATO(A) COMO UM PRODUTO A MAIS NA PRATELEIRA

LUCIANA SABBATINE NEVES

Resumo


Trata-se de análise que pontua alguns aspetos das mudanças, a partir da revolução tecnológica e efeitos do conceito de sociedade da sedução e hiperconsumo de Gilles Lipovestky sobre elementos jurídicos relacionados a direitos fundamentais e humanos democráticos hodierno. Corte metodológico adotado: o perigo digital ao sufrágio; para Gilles Lipovestky vivenciamos estágio da sociedade da sedução e nova fase de mercantilização: a do hiperconsumo; a partir de possíveis aplicações dos conceitos elencados, propomos análise de elementos de direitos fundamentais e humanos, elementos presentes no direito ao voto, elaborando análise que coteja Política e Direito: a mercantilização dos candidatos; a democracia tratada como mera mercadoria em um mercado digital especializado, que opera através de algoritmos que personalizam e instrumentalizam seu consumo, fazendo uso, inclusive de informações falsas, fake news, sendo a análise o objeto do estudo proposto com a exposição de riscos a que estamos sujeitos. A metodologia utilizada resulta da combinação de revisão bibliográfica, descritiva e dedutiva e o estudo justifica-se na medida que aborda questões fulcrais relativas a Direitos humanos e fundamentais, democracia e consumo. 


Palavras-chave


Democracia; Direitos humanos; Direitos fundamentais; Consumo.

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DOI: http://dx.doi.org/10.21902/RevPercurso.2316-7521.v1i46.6407

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