REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE SUCESSÃO FAMILIAR EM PRODUTORES RURAIS IDOSOS DE DIAMANTINO – MT

Abstract

Até meados dos anos 1970, o processo de sucessão patrimonial de agricultores ocorria para o filho homem mais velho (primogênito) ou mais jovem (minorato) que se responsabiliza por cuidar dos pais durante a velhice. Há na sucessão familiar, mesmo que de forma intrínseca, a expectativa de perpetuidade, nutrida pela continuidade dos negócios como também nas questões familiares. Esta pesquisa objetivou compreender qual o significado de sucessão familiar para pequenos e grandes produtores rurais idosos de Diamantino – MT, para isso, foram entrevistados 28 produtores rurais idosos do sexo masculino e idade entre 65 e 87 anos, subdivididos entre produtores rurais cuja posse de propriedade(s) não ultrapassa 100 hectares classificado como pequeno produtor, e produtores com propriedade(s) que totalizam mais de 100 hectares. Para a análise, utilizou-se a Teoria das Representações Sociais e o método de análise de conteúdo do discurso. O significado atribuído à sucessão familiar foi classificado nas seguintes categorias: Conformismo familiar, Despreparo dos sucessores, Autonomia dos sucessores, Inaptidão familiar, Conformismo familiar e autonomia filial, e Afinidade família-rural. E foi possível se perceber que a sucessão não ocorrerá em todas as famílias e a aceitação das limitações impostas pelo envelhecimento impulsiona a passagem do patrimônio a os descendentes que adquiriram conhecimento e experiência no decorrer da vida.