ESTRATÉGIAS DE DIVERSIFICAÇÃO DE CARTEIRAS INOVADORAS E TRADICIONAIS: UM ESTUDO COM A APLICAÇÃO DO VALUE-AT-RISK

François Fabiane Trento, Pedro Lachovicz Neto, Edison Luiz Leismann

Resumo


O objetivo deste artigo é analisar as diferenças de risco, retorno e na gestão de performance em carteiras com amostra de empresas inovadoras e tradicionais na B3 no período de 2010 a 2020. Os dados, obtidos pela B3 e Banco Central, foram divididos em duas partes, de 01/10/2010 a 30/09/2017 (avaliação) e de 01/10/2017 a 30/09/2020 (validação). As análises são com base na otimização de carteiras, nos modelos Simulação Histórica e Delta Normal do Value-at-Risk, Modelo CAPM e os índices de performance: Traynor, Sharpe, Modigliani & Modigliani e Leismann. Os resultados apontam que dentre a carteira inovadora, a tradicional e a diversificada, o menor risco de investimento neste estudo ocorreu na carteira inovadora. Constatou-se que o Value-at-Risk com nível de confiança de 90% e 95% estima adequadamente o valor em risco da carteira, demonstrando assim que é um bom mecanismo de gestão de risco.


Palavras-chave


Value-at-Risk; Risco em inovação; Empresas inovadoras; Sustentabilidade das carteiras

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