A LIDERANÇA COMO FACILITADORA PARA A INOVAÇÃO E MELHORIA CONTÍNUA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TELEFONIA

Alice de Amorim Borges Vazquez, Neri DOS SANTOS, Vanessa de Oliveira Luiz

Resumo


O objetivo é mostrar como a liderança pode facilitar a integração da melhoria contínua com a inovação, na perspectiva da inovação contínua nas organizações. Para tal, foi realizada uma revisão de literatura complementar, a qual apresenta um panorama sobre a relação entre os conceitos “liderança”, “melhoria contínua” e “inovação”, como impulsionadores da inovação contínua nas organizações. A relevância deste trabalho está em analisar a influência que a liderança pode exercer em um sistema produtivo, particularmente nos seus processos de criatividade, inovação e melhoria contínua, potencializando suas perspectivas de inovação contínua, que foram salientadas por meio da realização de um estudo de caso com a aplicação do método Kaizen em uma empresa de telefonia. Como resultado deste estudo de caso, pode-se evidenciar que a empresa analisada constatou que é mais acertado compartilhar ideias e insights, do que apenas distribuir documentação ou permitir acesso às bases de dados. Salienta-se que o conhecimento é uma construção cognitiva individual, a qual é significativamente ampliada no relacionamento social e, portanto, as pessoas são os elementos fundamentais nos processos de criação, conversão e compartilhamento do conhecimento porque são elas que criam, compartilham e utilizam os conhecimentos.


Palavras-chave


Liderança. Conhecimento. Melhoria contínua. Inovação. Inovação continua.

Texto completo:

PDF

Referências


AIKHUELE, D. O.; TURAN, F. M. Proposal for a conceptual model for evaluating lean product development performance: a study of LPD enablers in manufacturing companies. In: IOP Conference Series: materials science and engineering, v. 114, n. 1, 2016.

AIKHUELE, D. O. Systematic model for lean product development implementation in an automotive related company. Management Science Letters: growing science. [S. l.: s. n.], 2017.

AL KHAJEH, E. H. Impact of leadership styles on organizational performance. Journal of Human Resources Management Research, v. 2018. 10 p.

ANDERSSON, R.; ERIKSSON, H.; TORSTENSSON, H. Similarities and differences between TQM, six sigma and lean. The TQM Magazine, v. 18, n. 3, p. 282-296, 2006.

ARNOLD, K. The far side of quality circles. AMACOM: New York, 1981.

ASIAN PRODUCTIVITY ORGANIZATION. E-learning course on management innovation in SMEs (Advanced). Tokyo: Asian Productivity Organization, 2018.

BARTEZZAGHI, E.; CORSO, M.; VERGANI, R. Continuous improvement and inter-project learning in new product development. International Journal of Technology Management, v.14, n.1, p.116-138, 1997.

BASHAR, F.; USMAN, A.; NAVEED, A. Effect of transformational leadership on detective controls with an increase in the intrinsic motivation of the employee’s. In: contrast, if autonomy is restricted employees’ job satisfaction and organizational commitment in banking sector of lahore (Pakistan). International Journal of Business and Social Sciences, v. 2, n. 18, p. 261-267, 2011.

BERMAN, S. J.; BELL, R. Digital transformation: creating new business models where digital meets physical. IBM Institute for Business Value, p. 1-17, 2011.

BHUIYAN, N.; BAGHEL, A.; WILSON, J. A sustainable continuous improvement methodology at an aerospace company. International Journal of Productivity and Performance Management, v. 55, n. 8, p. 671-687, 2006.

BOER, H. et al. Knowledge and continuous innovation: The CIMA methodology. International Journal of Operations & Production Management, v. 21, p. 490-503, 2001.

BOLWIJN, P.T.; KUMPE, T. Marktgericht ondernemen. Management van continuïteit en

vernieuwing, Van Gorcum: Assen, 1998.

CAFFYN, S. Development of a continuous improvement self assessment tool. International Journal of Operations & Production Management, v. 19, n. 11, p. 1138-1153, 1999.

CEN. European guide to good practice in knowledge management, 2004.

CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Senac São Paulo, 2003.

COSTA, F. et al. How to foster sustainable continuous improvement: a cause-effect relations map of lean soft practices. v. 6. [S. l.: s. n.], 2018.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: Métodos de pesquisa qualitativo, quantitativo e misto. In: Projeto de pesquisa qualitativo, quantitativo e misto. [S. l.]: Artemed, 2010.

CROSSAN, M. M.; LANE, H. W.; WHITE, R. E. An organizational learning framework: from intuition to institution. Academy of Management Review, v. 24, n. 3, p. 522-537, 1999.

DALKIR, Kimiz, Knowledge management in theory and practice. Boston: Elsevier, 2005.

DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Campus: Rio de Janeiro, 1998.

DIOGO, R. A.; KOLBE JÚNIOR, A.; SANTOS, N. A transformação digital e a gestão do conhecimento: contribuições para a melhoria dos processos produtivos e organizacionais. P2P & INOVAÇÃO, Rio de Janeiro, v. 5 n. 2, p. 154-175, mar./ago. 2019.

DOWNES, S. What connectivism is. [S. l. : s. n.], 2007.

DUSYA, V.; CROSSAN, M.; APAYDIN, M. Organizational learning, knowledge, capabilities, and absorptive capacity. In: MARK EASTERBY-SMITH; MARJORIE, A.

LYLES (eds.), Handbook of organizational learning & knowledge management. 2 ed. Chichester, West Sussex: A John Wiley and Sons, 2011.

FERREIRA, C. Diretrizes para avaliação dos impactos da produção enxuta sobre as condições de trabalho. 2006. 143f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.

GARCIA, P. S. O. Combinação dos princípios e técnicas do Sistema Toyota de produção na empresa Intelbras. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis), Universidade Municipal de São José, São José, 2015.

GARCIA, R.; CALANTONE, R. A critical look at technological innovation typology and innovativeness terminology: a literature review. The Journal of Product Management, v. 19, n. 2, p. 110-132, 2002.

HARRINGTON, H. J. Aperfeiçoando processos empresariais. São Paulo: Makron Books, 1993.

HARRINGTON, H. J. Gerenciamento total da melhoria contínua. São Paulo: Makron Books, 1997.

HENDERSON, R.; CLARK, K. B. Architectural innovation: the reconfiguration of existing products technologies and the failure of established firms. Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 1, p. 9-30, 1990.

IMAI, M. Kaizen: a estratégia para o sucesso competitivo. [S. l.]: IMAM, 1992.

KARLSSON, C.; AHLSTRÖM, P. The difficult path to lean product development. Journal of product innovation management, v. 13, n. 4, p. 283-295. 2013.

KEELEY, L.; WALTERS, H.; PIKKEL, R.; QUINN, B. Ten Types of innovation: The Discipline of Building Breakthroughs. New York: Wiley, 2013.

LEONTIEV, A. N. Activity, consciousness and personality. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1978.

LETENS, G.; FARRIS, J. A.; VAN AKEN, E. M. A multilevel framework for lean product development system design. Engineering Management Journal, v. 23, n. 1, p. 69-85, 2011.

LIKER, J. K. The Toyota way. Management principles from the world’s greatest manufacturer. New York: McGraw-Hill. 2005.

LIZARELLI, F. L; TOLEDO, J. C. Identificação de relações entre melhoria contínua e inovação de produtos e processos por meio de revisão bibliográfica sistemática. Gest. Prod., São Carlos, v. 22, n. 3, p. 590-610, 2015.

LUIZ, V. O.; DUTRA, A. R. A.; VERGARA, L. G. L. O Kaizen como ferramenta de gestão do conhecimento na produção enxuta: uma abordagem ergonômica. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO; 37. Anais […], Joinville, 10 a 13 de outubro de 2017.

MCLAUGHLIN, P.; BESSANT, J.; SMART, P. Developing an organisation culture to facilitate radical innovation. International Journal of Technology Management, v. 44, n. 3, p. 298, 2008.

MESQUITA, M.; ALLIPRANDINI, D. H. Competências essenciais para melhoria contínua

da produção: Estudo de caso em empresas da indústria de autopeças. Revista Gestão & Produção, v. 10, n. 1, p. 17-33, 2003.

MORAES, R. F.; SILVA, C. E. S.; TURRIONI, J. B. Filosofia Kaizen aplicada em uma indústria automobilística. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 10. Anais [...], Bauru, nov. 2003.

PETTIGREW, A. M. Longitudinal field research on change: theory and practi

ce. Organization Science, v. 1, n. 3, p. 267-292, 1990.

PFEFFER, J.; SUTTON, R. I. The knowing-doing gap: how smart companies turn knowledge into action. Cambridge: Harvard Business School Press, 1999. 256 p.

REJEB, H. B.; MOREL-GUIMARÃES, L.; BOLY, V.; ASSIÉLOU, N. D. G.; ASSIÉLOU, N’D. G. Measuring innovation best practices: improvement of an innovation index integrating threshold and synergy effects. Technovation, v. 28, n. 12, p. 838-854, 2008.

REXHEPI, G.; RAMADANI, V.; RATTEN, V. TQM techniques as an innovative approach in sport organisations management: toward a conceptual framework. International Journal of Business and Globalisation, v. 20, n. 1, p. 18-30, 2018.

RODRIGUES, J. D. B. A prática da liderança. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração), Fundação Educacional do Município de Assis, Assis, 2009. Disponível em: https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0511210759.pdf. Acesso em: https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0511210759.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020.

NORTHOUSE, PETER G. Leadership: theory and practice. 3. ed. Thousand Oaks: Sage Publications, 2004.

SALM, V. M. A contribuição do ciclo de vida do conhecimento para o desenvolvimento de redes de coprodução dos serviços públicos em meio ambiente. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2020.

SANCHEZ-RUIZ, L.; BLANCO, B.; GOMEZ-LOPEZ, R. Continuous improvement enablers: Defining a new construct. Journal of Industrial Engineering and Management, v. 12, n. 1, p. 51-69, 2019.

SANDKUHL, K.; LEHMANN, H. Digital transformation in higher education: the role of enterprise architectures and portals. In: ROSSMANN, A.; ZIMMERMANN, A. (eds.). Digital Enterprise Computing 2017, Lecture Notes in Informatics (LNI), Gesellschaft für Informatik, Bonn, p. 49-60, 2017.

SANTOS, N. Gestão estratégica do conhecimento. Apostila do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, UFSC, Florianópolis, 2005.

SIEMENS, G. A learning theory for the digital age. 2004. Disponível em: http://www.elearnspace.org/articles/connectivism.htm. Acesso em: 25 mar. 2020.

SOLAIMANI, S.; TALAB, A. H.; VAN DER RHEE, B. An integrative view on Lean innovation management. Journal of Business Research, v. 105, p. 109-120, 2019.

STENIUS, P. Making lean work leaner by prioritizing actions and moving promptly into implementation. [S. l.]: Reddal-Business Developer Newsletter, 2011.

SYLA, S.; REXHEPI, G. Quality circles: what do they mean and how to implement them? International Journal of Academic Research in Business and Social Sciences, v. 3, n. 12, p. 243, 2013.

TOLEDO, J. C. Gestão da mudança da qualidade do produto. Revista Gestão & Produção, v. 1, n. 2, p. 104-125, 1994.

VARVAKIS, G. J. Gerenciamento de processos. Apostila da disciplina de gerenciamento de processos e variável ambiental. Pós-Graduação (Engenharia de Produção), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.

VARVAKIS, G.; SANTOS, N. Notas de aula do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, UFSC, 1.° Trimestre de 2020.

VENZIN, M.; von KROGH, G.; ROOS, J. Future research into knowledge management. In: VON KROGH, G.; ROOS, J.; KLINE, D. (eds.). Knowing in firms: understanding, managing and measuring knowledge. London: Sage, p. 26-66, 1998.

XU, G. Y.; WANG, Z. S. The impact of transformational leadership style on organizational performance: the intermediary effects of leader-member exchange. Long IEEE Xplore, Beach, CA, USA, p. 1090-1097, 2008.

YUKL, G. Leadership in organizations. New Jersey (USA): Prentice Hall, 2002.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Administração de Empresas em Revista, e-ISSN: 2316-7548

Rua Chile, 1678, Rebouças, Curitiba/PR (Brasil). CEP 80.220-181

Licença Creative Commons

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.