APONTAMENTOS SOBRE A “CONEXÃO RENASCENTISTA” ENTRE O MEDIEVO E O DESVIO PARA A MODERNIDADE

Christiano Carvalho Dias BELLO

Resumen


RESUMO

O renascimento pode ser visto como um momento de grandes descobertas humanas, impulsionadas por o que se pode chamar de “descoberta das descobertas”, que seria aquela do Novo Mundo – de “nosso” Mundo, portanto. Novo mundo, homem novo: eis o tema principal da época, o humanismo. Humanistas eram chamados no renascimento os sábios e estudiosos que, mais do que voltados para a Antiguidade clássica, estavam mesmo era preocupados e ocupados com uma ampla reforma do homem, por meio da instalação de uma nova escala de valores, que desse ao homem a dignidade que lhe era de direito. Dignidade humana, direito à dignidade, são as expressões-chave que até hoje ressoam, e voltaram a ressoar mais forte, após o cataclismo das duas grandes guerras, ditas mundiais, do século XX quando ressurgem humanismos das mais diversas proveniências e decidida afirmação da dignidade humana. O discurso sobre a dignidade humana remonta ao período renascentista tendo na figura do italiano GIOVANNI PICO DELLA MIRANDOLA o seu elaborador pioneiro e mais consagrado. Para ele, a criatura humana é divina, porque participa da divindade (a unio mystica, que na renascença assume também um caráter alquímico) e é natural, porque participa da natureza, a quem ama, assim como é amada por Deus. A liberdade humana é o que, acima de tudo, torna os humanos dignos de respeito e até de adoração. O estudo resgata em linhas gerais o pensamento deste e de outros da época, a fim de favorecer a compreensão da “conexão renascentista” entre o medievo e o seu desvio para a modernidade, ainda em vias de ser retificado, em tempos de tantas agressões à natureza e aos portadores da dignidade humana.

PALAVRAS-CHAVE: Renascimento; Modernidade; Humanismo; Dignidade Humana.

 

ABSTRACT

The  Renaissance can be seen as a time of great human discoveries, driven by what can be called the "discovery of discoveries", which would be that of the New World - "our" World, therefore. New world, new man: this is the main theme of the time, there is to say, the humanism. Humanists were called in the Renaissance to be the sages and scholars who, more than turned toward classical antiquity, were even concerned and occupied with a wide reform of man, through the installation of a new scale of values, which would give man the dignity that was his by right of birth. Human dignity, right to dignity, are the key expressions that still resonate, and have resonated even more strongly, after the cataclysm of the two great wars, said to be world-wide, of the 20th century, when humanisms of the most diverse origins reappeared among with a decided affirmation of dignity human. The discourse on human dignity dates back to the Renaissance period, with the figure of the Italian GIOVANNI PICO DELLA MIRANDOLA as its pioneer and most acclaimed creator. For him, the human creature is divine, because it participates in divinity (unio mystica, which in the Renaissance also assumes an alchemical character) and it is natural, because it participates in nature, which is loved by him, as well as God. Human freedom is what, above all, makes humans worthy of respect and even worship. The following study broadly rescues the thinking of this and others of the time, in order to favor the understanding of the “Renaissance connection” between the medieval period and its deviation towards modernity, still in the process of being rectified, in times of so many aggressions against nature and the bearers of human dignity.

KEYWORDS: Renaissance; Modernity; Humanism; Human Dignity.


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DOI: http://dx.doi.org/10.21902/RevPercurso.2316-7521.v5i36.5246

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PERCURSO, e-ISSN: 2316-7521

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