ARQUITETURA DE UM AMBIENTE COLABORATIVO DE BUSINESS INTELLIGENCE PARA MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

Wagner de Paula Rodrigues, Rodrigo Jardim Riella

Resumen


O empreendedor deve reunir informações para começar bem e ter um projeto sólido para seu negócio. Como resultado deste trabalho, pretende-se fornecer informações relevantes e de valor, agrupadas e consolidadas, com acesso de forma simples e ágil possibilitando a redução do grau de incerteza na abertura de novos negócios ou na condução de negócios existentes. A informação, por si só, não leva à decisão nem ao sucesso. A análise do conjunto de informações contribuirá para diminuir a incerteza ou influenciar decisões. Este trabalho propõe o desenvolvimento de uma metodologia, implantada em um software, que integra dados primários de diversas fontes públicas e indicadores de desempenho de micro, pequenas e médias empresas, organizando as mesmas de maneira intuitiva por meio de gráficos e infográficos com objetivo de prover empresários e gestores com informações relevantes que auxiliem na abertura ou gestão de sua empresa. Sabe-se que as micro, pequenas e médias empresas possuem características que as diferem das grandes empresas, porém não se pode ignorar o papel que os sistemas de mensuração de desempenho possuem para todo e qualquer tipo de empresa. Neste processo, foi realizada pesquisa de campo por entrevista direta, que forneceu elementos que permitiram avaliar o grau de uso de indicadores de desempenho nas 35 micro, pequenas e médias empresas associadas à Associação das Empresas do Parque das Indústrias Leves de Londrina e decidir sobre a aceitação ou rejeição de um ambiente colaborativo para troca de indicadores de desempenho setorial. Foi possível concluir que as informações sobre gestão, mercado, clientes e concorrência são temas relevantes para as empresas pesquisadas, bem como identificar a relevância do acesso às informações referentes aos municípios brasileiros que estas empresas atuam. Segundo método aplicado, os resultados revelaram que entre as empresas pesquisadas, a média de grau de emprego é de 3,11 para indicadores financeiros e não financeiros, com maior ênfase no uso de indicadores referente a processos (3,40) seguidos dos indicadores financeiros (3,06). Observou-se que 50% das empresas entrevistadas têm uma perspectiva de crescimento e 43,75% de estabilidade para os próximos dois anos. Das empresas que tem a perspectiva de crescimento, 50% tem perspectiva de aumentar o faturamento e 28,6% de aumentar o número de clientes. Quanto à identificação de tecnologias que suportem e facilitem a colaboração dos indicadores de desempenho, que permitam definir meios de comparação destes indicadores e fornecer dados primários de forma estruturada, ficou evidenciada a positiva aplicação dos recursos propostos. Como resultado do uso deste ambiente é esperado que as empresas, por meio da colaboração e acesso a dados primários estruturados melhorem a sua qualidade de tomada de decisão, ganhem desempenho e competitividade e promovam o desenvolvimento regional.


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Administração de Empresas em Revista, e-ISSN: 2316-7548

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