Interações espaciais entre territórios periféricos no norte da América do Sul
Resumen
O objetivo deste trabalho é analisar o quadro de mudança política que ocorreu na fronteira franco-brasileira, em função das interações espaciais recentes entre os países em questão e suas unidades administrativas próximas: Amapá pelo Brasil e Guiana Francesa pela França. Toma por base uma área bastante sensível que é a biodiversidade. O artigo é de abordagem qualitativa e é exploratório fundamentado em um estudo de caso. Os principais procedimentos são: análise documental e levantamento bibliográfico. A hipótese é que a geopolítica entre as duas nações focalizadas se alterou no que se refere ao lócus fronteiriço, mesmo que ainda não represente um avanço em termos de qualidade de vida para os habitantes da fronteira, como em tese deveria ser. A conclusão indica que diversos debates ainda precisam ser feitos envolvendo a sociedade civil, comunidades indígenas, quilombolas e líderes comunitários, tanto do Amapá quanto da Guiana Francesa, pois estes, sobretudo de Oiapoque (Amapá) e Saint-Georges (Guiana Francesa) são os mais afetados diretamente pelos grandes interesses de integração física de mercados e controle-uso da biodiversidade tropical. Conclui também que a interação territorial entre o Amapá e a Guiana Francesa, mesmo sendo periféricas do ponto de vista da densidade econômica, são estratégicas para seus respectivos países.
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PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.21902/RevPercurso.2316-7521.v1i11.297
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PERCURSO, e-ISSN: 2316-7521
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